sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Minha mestra de vocação


Nunca vou esquecer quando entrei pela primeira vez em seu ateliê.
Vê-la transformar folhagens e flores, como num passe de mágica numa linda obra de arte me emocionou. Ali tive certeza de que era isso que queria fazer dali em diante e o medo antigo foi substituído por uma grande vontade de me atirar naquele universo completamente novo.
Ela abriu as portas, a agenda, o coração. A mágica começou em minha vida, adentrei o portal pelas mãos dessa fada, dessa mulher amorosa, doce, bondosa, livre.
Ela me ensinou muito mais que um ofício ou uma arte. Ela me ensinou tudo de intangível e sutil por trás do mundo das flores, aqueles segredos luminosos que só uma mestra tem.
Sem pereceber já estava num caminho sem volta, imersa, inebriada, entregue. Vi milagres acontecerem o tempo todo, tudo muito intenso, forte.
E ela sempre percebendo com grande sensibilidade tudo que acontecia comigo, me chacoalhava, me incentivava, me orientava.
Uma relação de vínculo verdadeiro, troca sem cobranças, sem obrigações, espontânea e leve.
Um presente, uma benção, um privilégio em minha vida.

Kátia querida, que a troca não termine jamais.
Se de semente passei a botão de flor, foi pelo amor das suas mãos.

Minha gratidão eterna, do fundo do meu coração.

Um comentário:

Gustavo Gitti disse...

Demais, vários posts!!! To impressionado! Beijo, Alê!