quarta-feira, 7 de março de 2007
Flechas
"(...) O guerreiro fica um pouco mais interessado em coisas mais elevadas, começa a procurar a verdade, a beleza, o amor. Seu interesse é mais elevado do que o do negociante. E ele está disposto a arriscar sua vida, a perder sua vida em busca desses valores mais elevados. Ele está disposto a jogar... é corajoso, a coragem o invade.
O negociante não é corajoso; se correr tudo bem, ele pode apreciar a música e a poesia, pode se sentar na sua casa, centrado e seguro, e também pensar sobre a verdade, mas não se colocará em muito perigo; ele não correrá riscos.
O guerreiro, corre riscos. Ele põe a vida em jogo, torna-se um jogador. O negociante nunca é um jogador, primeiro ele pensa no lucro e vai até determinado limite. Ele corre riscos, mas apenas até determinado limite. Trata-se de um risco limitado e ele sempre pensa sobre o lucro e que perda terá. Ele está sempre preocupado com o lucro e com a perda. Enquanto o guerreiro arrisca tudo e penetra fundo na vida."
Tao
Eu me pensava negociante. Acho que sou aprendiz de guerreira. Ou talvez uma guerreira ferida. De onde vêm as flechas? Não as vi antes. Me julgava esperta, muitas vezes fui arrogante, orgulhosa. Mas... de onde vieram essas flechas? Flechas que me colocam de joelhos na minha pequena humanidade.
Agora fico com a angústia. Lavo com ervas, limpo com óleos. Muito, muito suavemente e sem tanto questionar, aceito a humilde condição humana de receber essas flechas. (Será que vou me render?)
Hoje doeu tanto que achei por um minuto que não ia aguentar. Mas chego em casa. Aqui não há o que esconder, aqui sou eu de novo, acolhida. Cabelos molhados, não me reconheço no espelho. Vejo alguém melhor do que sou hj. Vejo alguma força que não sei da onde vem (como as flechas...). Me sinto frágil e forte. Frágil porque está um pouco difícil levantar. Mas forte porque consigo andar.
"A medida em que vc começa a crescer, novas dimensões se abrem em seu ser"
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