domingo, 30 de setembro de 2007

Spider Man 3

Assisti finalmente a Homem Aranha 3.
Homem Aranha é um de meus heróis de quadrinhos preferido. Meu interesse pelo número 3 era a possibilidade de conhecer o lado negro do meu super herói.
Pra mim Spider Man é também um fetiche. Além de atraente naquela roupa sexy, ele inspira a segurança, caráter, força, mistério, liberdade...
Mas, que me mais me atrai nesse personagem é a dualidade. Se fosse só Spider Man não teria graça pra mim, e se fosse só Peter Parker, muito menos.
Eis que esse terceiro episódio, traz a novidade de um Spider/Peter, totalmente diferentes.
Ele está no auge da fama e do relacionamento com Mary Jane e tudo conspira para que seja um momento de vida perfeito, a não ser por um detalhe: o tamanho do seu ego. (não seria nos detahes que mora o diabo?)
Uma substância simbiótica traz a tona seu lado sombrio, contando com as principais fraquezas dele para isso, como a culpa. Então ele se revela um herói cruel, egoísta e extremamente vaidoso. Aí muita coisa muda.

Essa temática do lado negro me fascina, por seu simbolismo.
E por ter muito contato com o meu nos últimos tempos, tenho valorizado cada vez mais gente de verdade e não os super heróis que eu idealizava antigamente. Apesar de constatar que, na maioria das vezes na prática, gente é o verdadeiro super herói.
Explico. Não é comum, nem fácil conhecer suas fraquezas. Quiçá assumí-las pra si mesmo, imagine para quem possa interessar, então.
Me ocorre o tanto de determinação e força de caráter que é necessário para transformá-las...Não seria ato de heroísmo?
Sim, porque aparentar ser um semideus, bem resolvido, sucedido, atraente é de longe mais fácil.
E a gente sabe que não adianta, não dura muito tempo.
Por isso insisto na dobradinha Spider/Peter, um não tem razão de ser sem o outro.
A egotrip do personagem pode parecer lugar comum, e é, mas é diferente quando se trata de um super herói, do qual se esperam apenas as nobres qualidades. Mas na minha opinião ela é muito válida e ele ter super poderes valida ainda mais, porque eles de nada servem para fazê-lo se livrar da "gosma".
É necessário que toque um sino, que pra mim representa a consciência (apesar de no filme ter toda um simbolismo católico de salvação), e não há nada mais humano que isso.
Elevar a consciência é muito humano, apesar de nos aproximar do divino.
Se ele não fosse também Peter Parker, isso não seria possível. A condição humana é que possibilita isso.

A cena em que ele fica em crise, em cima de uma torre, embaixo de chuva, é linda.
Simboliza um momento de transformação que todos nós, se não passamos, passaremos um dia. (Assim espero!)

E talvez, no final, possamos ser convidados para uma dança...

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