"It's Amazing
With the blink of an eye you finally see the light
It's Amazing
When the moment arrives that you know you'll be
alright
It's Amazing." Amazing- Aerosmith
Aquela que morreu, não consigo mais conectar. Eu tento, eu choro, eu faço força pra lembrar, mas me escapa. A que nasceu, engatinha. Muitas vezes boba, sensível, com olhar infantil. Outras falando "gugu dadá" no meio de um monte de adultos imersos em seus mundos que ela não entende tão bem agora.
Me sinto confusa quando não sou mais o que era. Quando minhas opiniões não são tão rígidas como antes e olha eu era vista como uma pessoa de opinião formada!
Minha rebeldia não é mais falar o que eu penso a todo momento, fazendo o que me dá na telha. Hoje é parar pra olhar o nascer do sol em plena Marginal quando volto do trabalho, é pegar uma estrada só para ouvir um cd novo, andar a pé quarteirões que podiam ser feitos de carro, entrar em diversas "tribos" e falar com gente que nunca vi antes.
Não sou mais aquela que dá conselhos inflamados de emoção, nem aquela que os pede a Deus e ao mundo... Minhas falas têm incluido mais um "pode ser", uma pausa. Tenho suportado minhas angústias de forma mais solitária e dolorida, mas parece mais natural, fluida, feliz. Minha ansiedade é uma ânsia de viver o que me é claro agora, como uma pessoa que acorda de um coma e sai pela vida como um gatinho num campo cheio de borboletas.
Hoje o que mais me alegra são as simples oportunidades de me relacionar de forma mais fresca e leve com o mundo. Algumas vezes olhando nos olhos dos medos, flertando com os limites, outras ouvindo e aquietando quando a voz vai atrapalhar e nas mais difíceis, praticando aceitação. E na maioria das vezes isso é fruto de muita queda, de diversas alturas, sem pára quedas.
Alguém me perguntou se as transformações que me aconteceram foram por medo de repetir erros. As transformações mais genuínas que me acontecem são pelas coisas que compreendo realmente não valerem a pena e não fazerem mais sentido. Essa compreensão, pelo contrário, encoraja a andar pra frente, porque na prática é preciso muita coragem quando a sabedoria ainda é como vagalumes que piscam na escuridão.
Nesses momentos entendo na carne o poder do olhar e o tal nascimento que ele dá, tão falado no Budismo. O olhar modifica tudo, abrindo portais ou criando labirintos.
Então, tenho buscando amplitude. Olhares nos fazem nascer, outros são como a morte. Mas no final das contas o que importa são as escolhas que fazemos assim que abrimos os olhos. Uma mágica, um milagre, uma liberdade, são essas possibilidades de escolha num piscar de olhos.
"And I'm sayin' a prayer for the desperate hearts tonight"
Me sinto confusa quando não sou mais o que era. Quando minhas opiniões não são tão rígidas como antes e olha eu era vista como uma pessoa de opinião formada!
Minha rebeldia não é mais falar o que eu penso a todo momento, fazendo o que me dá na telha. Hoje é parar pra olhar o nascer do sol em plena Marginal quando volto do trabalho, é pegar uma estrada só para ouvir um cd novo, andar a pé quarteirões que podiam ser feitos de carro, entrar em diversas "tribos" e falar com gente que nunca vi antes.
Não sou mais aquela que dá conselhos inflamados de emoção, nem aquela que os pede a Deus e ao mundo... Minhas falas têm incluido mais um "pode ser", uma pausa. Tenho suportado minhas angústias de forma mais solitária e dolorida, mas parece mais natural, fluida, feliz. Minha ansiedade é uma ânsia de viver o que me é claro agora, como uma pessoa que acorda de um coma e sai pela vida como um gatinho num campo cheio de borboletas.
Hoje o que mais me alegra são as simples oportunidades de me relacionar de forma mais fresca e leve com o mundo. Algumas vezes olhando nos olhos dos medos, flertando com os limites, outras ouvindo e aquietando quando a voz vai atrapalhar e nas mais difíceis, praticando aceitação. E na maioria das vezes isso é fruto de muita queda, de diversas alturas, sem pára quedas.
Alguém me perguntou se as transformações que me aconteceram foram por medo de repetir erros. As transformações mais genuínas que me acontecem são pelas coisas que compreendo realmente não valerem a pena e não fazerem mais sentido. Essa compreensão, pelo contrário, encoraja a andar pra frente, porque na prática é preciso muita coragem quando a sabedoria ainda é como vagalumes que piscam na escuridão.
Nesses momentos entendo na carne o poder do olhar e o tal nascimento que ele dá, tão falado no Budismo. O olhar modifica tudo, abrindo portais ou criando labirintos.
Então, tenho buscando amplitude. Olhares nos fazem nascer, outros são como a morte. Mas no final das contas o que importa são as escolhas que fazemos assim que abrimos os olhos. Uma mágica, um milagre, uma liberdade, são essas possibilidades de escolha num piscar de olhos.
"And I'm sayin' a prayer for the desperate hearts tonight"
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