quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Respeitável Público

Foto via @Teen & Art


Ela veste roupa e botas brancas e sobe por um tecido
Balança com muito impulso para frente e para trás
(como naqueles balanços que eu adorava no parque ou na pracinha da cidade do meu avô)
Com a leveza de um pássaro e precisa como um gato ela faz acrobacias com o vai e vem
Numa delicada entrega ao vazio além das cordas e a barra
E quando volta para o trapézio, é como uma dança

Meus olhos marejam

Alguém diz: ela está com um cabo de aço, aí não tem graça.

....

Ele veste roupas estravagantemente brilhantes
E dá boas vindas ao mundo da fantasia
(como quando ia aos parques de diversões)
Gesticula com as mãos com a leveza de um maestro do nada
E retira o tecido do que era antes num toque só
E algo novo surge, surpreendente
Numa delicada aparição de um vazio para outro
Ele faz desaparecer pessoas, uma moto e até aparecer um helicóptero

Meus olhos ficam hipnotizados de encantamento

Alguém diz: muito manjado, a gente sabe que é truque.

...

Você pode (até) acreditar no que alguém diz

Mas não perca o espetáculo.

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