"Riders on the storm,
Riders on the storm,
into this house we're born,
into this world we're thrown
like a dog without a bone,
an actor out alone,
riders on the storm
There's a killer on the road
His brain is squirming like a toad
Take a long holiday
Let your children play
If you give this man a ride
Sweet family will die
Killer on the road
Girl you gotta love your man
Girl you gotta love your man
Take him by the hand
Make him understand
The world on you depends
Or life will never end
Gotta love your man"
The Doors
domingo, 27 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
Na Natureza selvagem
"E também sei como é importante na vida não necessariamente ser forte
mas sentir-se forte
Confrontar-se ao menos uma vez
Achar-se ao menos uma vez na mais antiga condição humana
Enfrentar a pedra surda e cega a sós sem outra ajuda além das próprias mãos e cabeça"
Into the wild
O filme "Na natureza selvagem" mexeu muito comigo. Não ia escrever sobre ele porque as facetas são tantas que me senti inapta para desenvolver em palavras. Então ouso escrever com material volátil que são minhas sensações e um tanto mais refinado que são minhas experiências.
Entendo as sombra de Chris. Entendo a rebeldia, a raiva, a dor que ele carrega e os extremos a que ele se propõe. Por ter vivenciado algumas boas vezes na vida a importância da ousadia, entendo cada lágrima da primeira vez que ele viu animais no Alasca ou quando cravou em madeira sua história. Por entender e me conectar com elas, foi possível olhar o filme além da empolgação quase "adolescente" de queimar dinheiro ou sair pelo mundo, pois o que move essa história está além das aventuras radicais e fascinates que ela contém.
Quando nos falta alguma coisa parece que na mesma medida somos preenchidos por aquilo, mas buscamos a falta e não o contato com o que já temos. Na medida em que Chris segue sua jornada, o que realmente o nutre não é o apenas o que surge em sua solidão, mas principalmente o que ele compartilha. Até porque só é possível compartilhar de dentro de uma profunda solidão, como a solidão só pode ser nutrida por um profundo compartilhar.
Pois chega o derradeiro momento em que temos que compartilhar dessa água contid em nossa profundidade, senão nada faz sentido.
Para isso, muitos momentos de confronto "seco" consigo mesmo podem ser necessários.
Acima de tudo creio que o que nos salva é um bom coração e que o temos sempre a disposição seja qual for a sombra que nos acompanhe. Muitas vezes precisamos chegar ao extremo para perceber coisas importantes, outras percebemos observando os erros alheios, lendo um livro, assistindo um filme, mas hoje penso que os aprendizados mais significativos são fruto de vivência direta e que isso realmente transforma nossa visão. E com um coração aberto podemos experimentar o que tem um sentido mais profundo para a nossa vida.
Talvez isso nos desconcerte e fascine no filme: esse cara experimentou! Esse cara incomoda a partir disso e na mesma intensidade sua lógica anárquica nos atrai. O que confronta nossas "zonas de conforto" nos desafia, o que vai contra a "coerência" de algo que não acreditamos mesmo que queiramos sustentar, nos perturba. Porque seguimos em busca daquilo que não tem coerência alguma em forma. Buscamos mesmo é a incoerência daquilo que tem em nós um sentido mais profundo, mesmo que pareça loucura aos olhos do mundo.
Pois no fundo, queremos muito mais do que apenas aventuras para contar, coisas para mostrar, aparências que nos dêem um alto grau de aceitação. Somos ousados por natureza, uma ousadia tão grandiosa que não nos aquietamos até sentirmos que fomos além de nós mesmos.
"A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Por último, falo sobre a Natureza, impossível subestimar sua beleza e força. Os orientais têm essa sabedoria muito mais integrada do que nós e quem já se atirou de alguma forma ao contato profundo com ela pode compreender do que falo. A Natureza é um mestre muito simples e muito poderoso, destrói qualquer ilusão de superioridade que se tenha. Sábios são os que se submetem com humildade, que respeitam os próprios limites diante de Sua grandeza e sabem reverenciar Sua força. Tolos os que pensam que têm todo controle dentro de uma floresta, um oceano ou céu. Estar de espírito aberto, presente e conectado com alguma forma de Natureza é um êxtase sem palavras, olhar nos olhos de um animal selvagem, uma experiência muito emocionante. Como se fosse um espelho reluzente que nos refletisse por dentro, do avesso.
Por acreditar que a natureza humana seja algo tão precioso e amplo, esse filme mexeu comigo.
Talvez seja essa a mesma razão que nos faça negá-la, temê-la e que nos fascine tanto...
"Há um tal prazer nos bosques inexplorados,
Há uma tal beleza na solitária praia,
Há uma sociedade que ninguém invade
Perto do mar profundo e da música do seu bramir
Não que ame menos o homem
Mas amo mais a Natureza"
Lord Byron
mas sentir-se forte
Confrontar-se ao menos uma vez
Achar-se ao menos uma vez na mais antiga condição humana
Enfrentar a pedra surda e cega a sós sem outra ajuda além das próprias mãos e cabeça"
Into the wild
O filme "Na natureza selvagem" mexeu muito comigo. Não ia escrever sobre ele porque as facetas são tantas que me senti inapta para desenvolver em palavras. Então ouso escrever com material volátil que são minhas sensações e um tanto mais refinado que são minhas experiências.
Entendo as sombra de Chris. Entendo a rebeldia, a raiva, a dor que ele carrega e os extremos a que ele se propõe. Por ter vivenciado algumas boas vezes na vida a importância da ousadia, entendo cada lágrima da primeira vez que ele viu animais no Alasca ou quando cravou em madeira sua história. Por entender e me conectar com elas, foi possível olhar o filme além da empolgação quase "adolescente" de queimar dinheiro ou sair pelo mundo, pois o que move essa história está além das aventuras radicais e fascinates que ela contém.
Quando nos falta alguma coisa parece que na mesma medida somos preenchidos por aquilo, mas buscamos a falta e não o contato com o que já temos. Na medida em que Chris segue sua jornada, o que realmente o nutre não é o apenas o que surge em sua solidão, mas principalmente o que ele compartilha. Até porque só é possível compartilhar de dentro de uma profunda solidão, como a solidão só pode ser nutrida por um profundo compartilhar.
Pois chega o derradeiro momento em que temos que compartilhar dessa água contid em nossa profundidade, senão nada faz sentido.
Para isso, muitos momentos de confronto "seco" consigo mesmo podem ser necessários.
Acima de tudo creio que o que nos salva é um bom coração e que o temos sempre a disposição seja qual for a sombra que nos acompanhe. Muitas vezes precisamos chegar ao extremo para perceber coisas importantes, outras percebemos observando os erros alheios, lendo um livro, assistindo um filme, mas hoje penso que os aprendizados mais significativos são fruto de vivência direta e que isso realmente transforma nossa visão. E com um coração aberto podemos experimentar o que tem um sentido mais profundo para a nossa vida.
Talvez isso nos desconcerte e fascine no filme: esse cara experimentou! Esse cara incomoda a partir disso e na mesma intensidade sua lógica anárquica nos atrai. O que confronta nossas "zonas de conforto" nos desafia, o que vai contra a "coerência" de algo que não acreditamos mesmo que queiramos sustentar, nos perturba. Porque seguimos em busca daquilo que não tem coerência alguma em forma. Buscamos mesmo é a incoerência daquilo que tem em nós um sentido mais profundo, mesmo que pareça loucura aos olhos do mundo.
Pois no fundo, queremos muito mais do que apenas aventuras para contar, coisas para mostrar, aparências que nos dêem um alto grau de aceitação. Somos ousados por natureza, uma ousadia tão grandiosa que não nos aquietamos até sentirmos que fomos além de nós mesmos.
"A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Por último, falo sobre a Natureza, impossível subestimar sua beleza e força. Os orientais têm essa sabedoria muito mais integrada do que nós e quem já se atirou de alguma forma ao contato profundo com ela pode compreender do que falo. A Natureza é um mestre muito simples e muito poderoso, destrói qualquer ilusão de superioridade que se tenha. Sábios são os que se submetem com humildade, que respeitam os próprios limites diante de Sua grandeza e sabem reverenciar Sua força. Tolos os que pensam que têm todo controle dentro de uma floresta, um oceano ou céu. Estar de espírito aberto, presente e conectado com alguma forma de Natureza é um êxtase sem palavras, olhar nos olhos de um animal selvagem, uma experiência muito emocionante. Como se fosse um espelho reluzente que nos refletisse por dentro, do avesso.
Por acreditar que a natureza humana seja algo tão precioso e amplo, esse filme mexeu comigo.
Talvez seja essa a mesma razão que nos faça negá-la, temê-la e que nos fascine tanto...
"Há um tal prazer nos bosques inexplorados,
Há uma tal beleza na solitária praia,
Há uma sociedade que ninguém invade
Perto do mar profundo e da música do seu bramir
Não que ame menos o homem
Mas amo mais a Natureza"
Lord Byron
domingo, 13 de julho de 2008
Long Nights
"Have no fear
For when I'm alone
I'll be better off
Than I was before
I've got this life
I'll be around to grow
Who I was before
I cannot recall
Long nights allow
Me to feel I'm falling
I am falling
Safely to the ground
I'll take this soul
That's inside me now
Like a brand new friend
I'll forever know
I've got this life
And the will to show
I will always be
Better than before
Long nights allow
Me to feel I'm falling
I am falling
The lights go out
Let me feel I'm falling
I am falling
Safely to the ground"
Long nights - Eddie Vedder
Into the wild soundtrack
Dedico a todos os desconhecidos especiais com quem estive hoje.
Espero vê-los em breve novamente.
P.S: Assistam "Na natureza selvagem". Um filme sobre extremos, cura, coragem, liberdade e... o poder da natureza.
Trilha sonora maravilhosa, peguei a estrada hoje só pra escutá-la com a alma e o coração.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Flores de cerejeira
"Olho para as flores,
Olho e as flores espalham-se
Olho e as flores...
Crescem as flores
Crescem e depois caem,
Caem e depois..."
Flores de cerejeira, Onitsura (1660-1738)
P.S: Créditos a palestra e ao livro "Os japoneses" da antropóloga Célia Sakurai, que fez com que eu planasse um pouco por essas terras. Fiquei fascinada.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Se você se apaixonar por mim
Se você se apaixonar por mim...
Tenha paciência com minhas confusões
Elas são apenas um pedido pra que eu me encontre
Muitas vezes um atalho sinuoso pra chegar em você
Entenda minha menina, coloque-a no colo na hora da tristeza
E não dê muita bola na hora da birra
Me faça um cafuné
Rasgue resistência por resistência e vá se deliciando com elas
Ao invés de questioná-las
Depois me renda e me tenha como se tem uma mulher
Não exija muito, não cobre, não dê muita vazão a posse e ao ciúme
Considere a imaturidade da minha malícia
e que muito do que parece definitivamente não é
Se você se apaixonar por mim
Saiba que em muitos momentos aprecio a solidão
E isso nada tem a ver com declinar sua adorável companhia
Movimente-se
Nem muito longe que não possa vê-lo
Nem tão perto que distorça
Esteja ao lado e nunca será muito nem pouco
Abra os braços
Aperte bem forte a minha mão
Segure na minha cintura
Não me analise tanto
Não me interprete a todo momento
Olhe além e contemple os sinais
Respire o perfume do mistério
Não tenha medo de abrir a porta
Ela não está trancada e tampouco precisa de força
Abra devagar, entre sutilmente e sinta todas as possibilidades
que existem nesse universo do eu, você , um mundo inteiro e nós
Se você se apaixonar por mim,
que seja doce esse fim
P.S: Totalmente inspirado numa proposta da revista Marie Claire de junho. Foram convidados alguns homens para escrever uma carta fictícia a uma mulher apaixonada dizendo o que fazer ou não fazer para não estragar o romance. O título é "Se vc está apaixonada por mim, nunca..."
Como não acredito em nunca, mudei um pouco isso.
A carta do Nando Reis é a melhor, publico logo mais.
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