quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Dias de fúria


Um instinto primitivo se acende por aqui. Muitas vezes pega fogo. No mais impulsiona, agita.
Um grito primal. Dias de fúria, preciso ter cuidado. Me sinto mais inteira por trazer de volta essa energia que eu tentava reprimir e negar há algum tempo. Mas há sinal de perigo...
É delicado canalizar a fúria pois é uma arte domar esse cavalo selvagem. Eu me sinto mais selvagem do que nunca, sem rédeas.
É livre, mas pode parecer agressivo. É integro, mas pode ficar egoísta.
Depois de 29 batalhas, 29 pedras, 29 golpes, a guerreira quer descansar. Só descansar. Respirar o ar fresco, sentir o vento, deitar no mato. Acender fogueira e contemplar o campo de batalha. Mas isso não quer dizer que eu não vá sair galopando de novo...
Essa sensação é muito forte hoje. Muitas mortes, muitas cicatrizes mas eu não sinto dor. Nem tampouco indiferença.
Eu sinto cansaço.
Depois de limpar o sangue, vem o renascimento. Preciso repousar para recebê-lo. Quero estar tranquila com a sua chegada.

Por esses dias, preciso contemplar.

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