Eles são pontudos, retos.
São diretos.
Conduzem como ninguém, fazem rir deliciosamente.
Eles não sabem pedir colo, mas estão sempre disponíveis para o carinho.
Não resistem a um mistério, a uma curva, um pedaço.
Eles gostam de pedaços, trechos, partes
Poucos sabem dizer não...
Difícil saber o que se passa na cabeça deles nos hiatos
Por mais óbvio que seja o que se passa na cabeça de um homem...
Eles nos confundem não pelo mistério
Mas pela nossa própria natureza confusa diante da simplicidade deles
Eles apertam, penetram, espremem, são força bruta com incrível sutileza
Eles pensam pouco e uma coisa de cada vez.
Eles têm hora pra conversar.
Se divertem com bobagens.
Seguram a emoção até onde podem
Mas estou para ver coisa mais linda que as lágrimas sinceras de um homem
Se prestar bem atenção consegue-se ver estrelas nos seus olhos úmidos
O sorriso é um pouco mais fácil, nem por isso de menor beleza
Eles olham forte e olham fundo.
O cheiro é bom, a textura é macia e rígida,
Uma segunda pele, uma concha, um cobertor.
Eles sentem raiva das nossas confusões na mesma proporção em que querem entendê-las
Eles não querem competir, eles querem conquistar
Eles amam verdadeiramente e desamam na mesma medida
E isso as vezes dói.
Eles não são de se entender, eles não são de se explicar
Eles são de se degustar, tatear, desabotoar, envolver
Nossos maiores mestres sobre viver o presente.
Eles são de ver, voyeurs por natureza
Não adianta esperar que eles não vejam e que não desejem
Mas nada ameaça um vínculo que um homem criou com sua mulher.
Eles querem que a gente confie, entregue.
E nós queremos desesperadamente confiar e nos entregar.
Eles são e sempre serão meninos, quando você adentrar devagarinho, redondinha o seu coração...